Sem muitos planos, eu e o Ricardinho nos aventuramos ao extremo sul chileno - à ilha de Chiloé mais precisamente. Entre pinguins e igrejas de madeiras, nos deparamos com um convite de comer um prato típico que só existe na região: o Curanto hoyo.
Mas não se trata exclusivamente de um prato - é, na verdade, um acontecimento, cercado por histórias, músicas e danças.
O prato é indígena (tribo Mapuche) e começa a ser preparado bem cedinho. Logo pela manhã abre-se um buraco no chão, cerca de 1,50m² e com uns 1,50m de profundidade. Então coloca-se muitas pedras vulcânicas no fundo do buraco e se faz uma fogueira por cima das pedras, para aquecê-las. Elas ficam nesse processo por cerca de 2 horas e aí começa o prato propriamente dito: uma camada imensa de mariscos, vieiras e outros frutos do mar. Aí cobre-se tudo isso com uma planta, o pangue, que só existe nesta ilha. Por cima das folhas, dispõe-se batatas, carne de porco, linguiça suína, e frango. Cobre-se novamente com pangue e mais uma camada, agora com um pão feito de batatas amassadas com queijo. Cobre-se novamente (Ufa!!!) e deixa tudo isso por cerca de duas horas mais.
Enquanto você espera pelo prato pode dar uma volta pela cidade de Ancud, primeira da ilha, ou por Castro, capital provincial. Depois de conhecer algumas das igrejas patrimônio da humanidade e visitar umas feirinhas de arte local, volte ao restaurante ou hotel que está preparando seu curanto que ele estará quentinho te esperando.
Após uma cueca - dança e música típica chilena - e um pisco sour, você poderá se deliciar com este prato maravilhoso. E claro, como tudo no Chile, regado a muito vinho!
2 comentários:
ótimo post Dudu!!
Bem vindo :D
Dudu, tomei a liberdade de "cortar" seu post. Se você acha melhor mudar: deixar mais texto antes de cortar, ou menos... é só falar.
Sem problemas, ok?!
Bjo!
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